31 de dezembro de 2012

Balanço de 2012

No ano de 2012 bati a meta dos 40 livros lidos, que tinha proposto no inicio do ano.
Dos 46 livros que li este ano os que eu  mais gostei foram "As Trevas de Sethanon" do Feist, "Os Dragões do Assassino" da Hobb e "O Inverno do Mundo" do Follett.




O livro que menos gostei foi "A Juventude de Mandela", livro que nem sequer terminei de ler.

E vocês quantos livros leram?
Qual foi o vosso preferido e o que menos gostaram?

Livros lidos e respectiva classificação:

1 - Linda Howard - Um Beijo na Escuridão 7-10

2 - Paulo Fonseca - A Guerra da Pirâmide 7-10
3 - George R.R. Martin - Os Reinos do Caos 9-10
4 - Raymond E. Feist - As Trevas de Sethanon 10-10
5 - David Anthony Durharm - Presságios de Inverno 9-10
6 - R.A. Salvatore - Rios de Prata 7-10
7 - David James Smith - A Juventude de Mandela 4-10
8 - Edgar Rice Burroughs - John Carter 9-10
9 - Ursula le Guin - O Feiticeiro e a Sombra 8-10
10 - Ursula le Guin - Os Túmulos de Atuan 7-10
11 - Ursula le Guin - A Praia mais Longínqua 9-10
12- Ursula le Guin - Tehanu - O Nome da Estrela 8-10
13 - Julie Garwood - Música das Sombras 8-10 
14 - Chufo Lloréns - A Terra será tua 8-10
15 - Bernard Cornwell - O Inimigo de Deus 9-10
16 - Jacqueline Carey - Avatar de Kushiel 8-10
17 - Alexandre Dumas - Os Três Mosqueteiros 7-10
18 - Christopher Golden - Uncharted - O Quarto Labirinto 8-10
19 - Valerio Massimo Manfredi - O Exército Perdido 9-10
20 - Juan Miguel Aguilera - A Loucura de Deus - 6-10
21 - Maurice Druon - O Rei de Ferro - 9-10
22 - Nathalie Mallet - O Príncipe da Prisão Dourada 7-10
23 - Nathalie Mallet - As Filhas do Rei 7-10
24 - Raymond E. Feist - O Príncipe Herdeiro 8-10
25 - Robin Hobb - A Jornada do Assassino 7-10
26 - Richard Doetsch - O Ladrão do Céu 7-10
27 - Joe Abercrombie - A Forca 9-10
28 - Bruno Martins Soares - A Saga de Alex 9 9-10
29 - Bernard Cornwell - Excalibur 8-10
30 - R.A. Salvatore - A Jóia Encantada 7-10
31 - Enid Lamonte Meadowcroft - Davy Crockett 6-10
32 - C.S. Forester - As Aventuras de Hornblower 8-10
33 - Ken Follett - O Inverno do Mundo 10-10
34 - Ursula le Guin - Num Vento Diferente 8-10
35 - Jesús Sánchez Adalid - A Última Muralha 8-10
36 - Raymond E. Feist - O Corsário do Rei 9-10
37 - Robin Hobb - Os Dragões do Assassino 10-10
38 - Bernard Cornwell - Rebelde 7-10
39 - Robyn Young - A Irmandade 8-10
40 - Robyn Young - A Cruzada 9-10
41 - David Mitchell - Cloud Atlas 8-10
42 - Maurice Druon - A Rainha Estrangulada 8-10
43 - Maurice Druon - Os Venenos da Coroa 9-10
44 - Maurice Druon - A Lei dos Varões 9-10
45 - Maurice Druon - A Loba de França 8-10
46 - Maurice Druon - A Flor-de-Lis e o Leão 9-10

30 de dezembro de 2012

Opinião - A Flor-de-Lis e o Leão



A maldição dos Templários roubou a vida ao terceiro e último filho varão de Filipe, o Belo, a subir ao trono de França. Quando Carlos IV morre, sem deixar um príncipe herdeiro, extingue-se a dinastia dos Capetos, após três séculos a conduzir os destinos do país. 
Perante o inquietante vazio no trono, o conde Roberto de Artois, com suma habilidade e rapidez, força o apoio dos seus pares e consegue a designação de Filipe de Valois como próximo rei de França. Do outro lado da Mancha, Isabel, irmã do falecido rei, reclama o trono para o seu filho, o rei Eduardo III de Inglaterra, verdadeiro herdeiro à Coroa Francesa. 
Contudo, Filipe de Valois acaba mesmo por subir ao poder como Filipe VI, confiante de que a extinção da linhagem dos Capetos e a protecção do astuto Roberto de Artois poderão garantir a estabilidade do reino. Filipe IV, tão preocupado em parecer um monarca exemplar, mas tendo sido duvidosamente legitimado, não tardará a sofrer com as disputas dos vários nobres que o colocaram no trono. 
Em Inglaterra, o jovem Eduardo III começa a apreciar os desafios do reino e, chegado o momento, não hesitará em fazer sentir o seu peso para lá das fronteiras, dando origem à malograda Guerra dos Cem Anos. 
Em A Flor-de-Lis e o Leão, sexto volume de Os Reis Malditos, a ganância e a traição apelam, voraz e lentamente, ao conflito: seguir-se-ão cem anos de sangue e morte na Europa medieval.


Opinião:

"A Flor-de-Lis e o Leão" é o sexto volume da saga "Os Reis de Ferro". O livro relata o início da Guerra dos 100 anos que opôs a França à Inglaterra. 

Depois da morte do Rei Carlos IV, que não tem nenhum herdeiro, a dinastia dos Capetos termina. Com o trono vazio Roberto de Artois começa a manipular os seus pares para que Filipe de Valois seja designado como o próximo rei, o que irá conseguir mas terá de enfrentar a oposição de Eduardo III de Inglaterra que se considera o legitimo rei.   

A ânsia de Roberto de Artois de reconquistar o seu condado de Artois, leva-no a cometer inúmeras ilegalidades o que o que culminará no seu exílio. Depois de alguns anos de exílio ele refugia-se em Inglaterra onde é um dos principal instigador na retoma das pretensões do jovem Rei Eduardo III sobre a coroa francesa.
Campanhas militares durante o início da Guerra dos 100 anos

A Guerra dos 100 Anos foi na maior parte do tempo uma luta jurídica pelo direito ao trono francês, mas que  foi pontualmente marcada por violentas batalhas.  


Classificação: 9-10

24 de dezembro de 2012

23 de dezembro de 2012

Opinião - A Loba de França


Casada com o rei de Inglaterra Eduardo II, a rainha Isabel havia contemplado à distância a forma como a maldição dos Templários pairava sobre a família e a morte parecia converter-se em companheira inevitável dos monarcas descendentes do rei Filipe, o belo. Filha do chamado Rei de Ferro e irmã dos falecidos Luís X e Filipe V, para além do recentemente coroado Carlos IV, Isabel assistira à sucessão real dos três irmãos em menos de uma década, e esperou com impaciência que cada um destes acontecimentos melhorasse a sua situação em terras inglesas. É que, embora ostentasse o título de soberana, Isabel vivia presa entre uma corte que lhe era hostil e os disparates de um monarca mais preocupado em satisfazer o seu amante preferido, Hugo Le Despenser, do que em tratar da rainha ou dos assuntos de Estado. Mas aproximam-se tempos de mudança, e Isabel, digna representante da estirpe mais régia dos Capetos, actuará com uma tenacidade que a levará a ser conhecida como «A Loba de França».

Opinião:

"A Loba de França" é o quinto volume da saga "Os Reis Malditos". Ao contrário dos livros anteriores neste a acção é divida entre a França e a Inglaterra. 

A rainha Isabel tem um casamento infeliz com o rei Eduardo II de Inglaterra e é obrigada a viver numa corte hostil controlada pelo pai do amante do seu marido, Hugo Le Despenser. 

Rogério Mortimer é o barão de Wigmore, que está preso na Torre de Londres por se ter revoltado contra o rei. Ele consegue fugir da prisão e refugia-se na França, onde se irá tornar no amante da rainha Isabel e onde planeia uma revolta para destronar o rei.

Em França continua a reinar o fraco rei Carlos IV, que irá sofrer um forte revés com a morte do seu tio Carlos de Valois, que é quem na realidade governa a França.

O alargamento do enredo do livro a corte de Inglaterra é um principais destaques do mesmo, por o tornar menos centrado na França e ter uma visão sobre as relações entre dois estados rivais. 

Avaliação: 8-10

21 de dezembro de 2012

Opinião - A Lei dos Varões



Depois de cumprir dezoito meses de um reinado vergonhoso, Luís X, o Teimoso, encontra a morte numa noite de Junho de 1316, vítima de um veneno letal. O seu assassínio de parece confirmar a maldição lançada pelo grão-mestre dos Templários sobre a estirpe de Filipe, o Belo, e, pela primeira vez em séculos da dinastia dos Capetos, a França vê-se com o trono vazio e sem nenhum herdeiro natural que possa ocupá-lo.

Os problemas gerados pela falta de descendência de Luís X só podem ser interpretados como mais uma característica de um governante irresponsável e nefasto e, num período de especial instabilidade política acabarão numa luta pelo trono. A disputa está lançada e aqueles que se consideram aspirantes legítimos ao poder lançam-se para jogar as suas cartas com grande celeridade: Carlos de Valois, que tenta forçar o seu acesso à regência por ser irmão de Filipe, o Belo, e um dos mais antigos conselheiros reais; os nobres de Borgonha, na qualidade de defensores do direito que assiste à suposta filha bastarda do rei, a jovem Joana de Navarra. Para preparar a sua subida ao trono, Filipe de Poitiers, irmão do falecido monarca, invocará uma certa lei sálica, a «lei dos varões», que na verdade foi forjada para as circunstâncias, mas daí em diante definirá as regras da sucessão na monarquia francesa. O desaparecimento do filho póstumo de Luís, o Teimoso, permite que permite que Filipe se torne, Filipe V, o Longo.


Opinião:

"A Lei dos Varões" é o quarto livro da saga " Os Reis Malditos" e retrata a ascensão ao trono de Filipe V.

Depois do curto reinado de Luís X, o herdeiro ao trono de França é o seu filho que, no entanto, ainda se encontrava em gestação aquando da morte de seu pai. Devido a esse facto há então, na corte, uma disputa pela regência do reino entre Carlos de Valois e Filipe de Poitiers. Filipe, com a sua grande habilidade política consegue assumir então a regência, mas tornar-se regente de França não satisfaz a sua enorme ambição. Filipe deseja ser o Rei e para subir ao trono forja a lei sálica, lei esta que diz que apenas os varões podem subir ao trono. 

Ao contrário do seu irmão, Luís X, Filipe é um excelente politico e tenta continuar as politicas do seu pai em relação a governação da França, mas tal como o seu pai as suas politicas tornam-o um governante muito impopular e criticado pela nobreza. 

A ascensão de Filipe ao trono foi conseguida através de muitas intrigas, manipulações e assassinatos. O seu reinado só durou 5 anos e não deixou nenhum filho varão para herdar o trono.

As disputas e as intrigas na corte fazem deste livro o melhor que li ate agora da saga. 

Avaliação: 9-10

Opinião - Os Venenos da Coroa



Apenas alguns meses depois da morte de Filipe, o Belo, os conflitos, as intrigas, os ódios e a luta pelo poder ameaçam submergir a França numa instabilidade devastadora. O legado de três décadas de eficácia administrativa, económica e política escapou-se como água por entre as mãos de Luís X, que permitiu a confrontação entre ministros burgueses e nobres conservadores se saldasse pela perda do domínio das províncias. Estava-se no Verão de 1315.

De acordo com o cognome por que é conhecido na corte, Luís, o Teimoso, começou a regência com a obsessão de se desfazer da mulher, Margarida de Borgonha, e de sentar a seu lado uma nova rainha. Com Margarida assassinada e a bela princesa Clemência, da casa de Anjou-Sicília a caminho, vinda de Nápoles, para se tornar rainha de França, Luís X parece preparado para assumir a responsabilidade pelo seu reinado. No entanto, num alarde de grandeza, próprio de quem tem o poder, mas não a capacidade de o conservar, o rei envolve-se numa guerra absurda contra o conde da Flandres, enquanto o seu povo morre de fome.

No Mediterrâneo, as tormentas mergulham os pensamentos da futura rainha Clemência nos mais negros presságios. O veneno volta a correr nas veias de França, e nada parece poder evitar que venha a ameaçar a coroa.


Opinião:


"Os Venenos da Coroa" é o terceiro livro da saga "Os Reis Malditos" que retrata a corte francesa no inicio do século XIV.


Depois da morte do Rei Filipe, o Belo, a França é governada pelo inábil Rei Luís X, que em poucos meses destrói todo o legado do seu pai. A maior obsessão de Luís X é obter do Papa a anulação do seu casamento com a infiel Margarida de Borgonha. Contudo, ainda não foi eleito um novo Papa. Perante tal situação, Luís decide enviar o seu irmão, Filipe, a Avinhão para acelerar a eleição do novo Papa.

Uma vez que o processo de anulação é demorado e o Rei se encontra desejoso de se casar com a princesa Clemência, que lhe foi prometida pelo seu tio Carlos de Valois, decide assassinar Margarida de Borgonha e assim, ficar livre para contrair novo matrimónio.

Luís X, o Teimoso, foi um rei fraco que cometeu inúmeras más decisões entre as quais: entrar numa guerra desastrosa contra Flandres e arruinar as negociações políticas tomadas pelo seu pai somente para agradar ao seu tio Carlos, que é, na realidade, quem governa a França.


Este livro retrata de forma magistral a corte francesa nos anos da governação de Luis X, com as suas intrigas e lutas pelo poder. A saga "Os Reis Malditos" é sem dúvida uma saga indispensável a todos os amantes do romance histórico.


Avaliação: 9-10

16 de dezembro de 2012

Opinião - A Rainha Estrangulada


"O rei morreu! Viva o rei!"
Estava-se no Inverno de 1314 e rapidamente a notícia chega até aos cantos mais recônditos de França para criar um período de expectativas inquietantes. Por incrível que pudesse parecer, Filipe, o Belo, o Rei de Ferro, estava morto. Quase três décadas de governo firme e eficaz chegavam abruptamente ao fim, sem que ninguém se atrevesse a apostar que Luís de Navarra, o herdeiro, fosse capaz de estar à altura da tarefa que o destino lhe havia atribuído. De temperamento instável e fraca inteligência Luís X, o Teimoso, haveria de enfrentar uma época marcada pelas suas próprias fraquezas e pelas lutas turbulentas de poder geradas pelo vazio de autoridade deixado pelo seu pai.
Na corte, tanto o conde Carlos de Valois, irmão do rei morto, como Enguerrand de Marigny, primeiro-ministro e conselheiro real lançaram-se numa disputa para controlar os desígnios de França, com evidente menosprezo pela soberania assumida pelo débil monarca. Neste jogo de intrigas e traições, Luís, o Teimoso, deverá também resolver a sua relação com Margarida de Borgonha: a mulher que permanece presa num calabouço sujo acusada de adultério e que na qualidade de rainha legítima ameaça transformar-se num grave perigo para os seus interesses políticos.

Opinião:

"A Rainha Estrangulada" é o segundo volume da saga "Os Reis Malditos" de Maurice Druon. O livro retrata as atribulações da família real francesa depois da morte do rei Filipe IV.

Filipe IV ao longo do seu reinado de 29 anos, dominou a França com uma mão de ferro e tomou algumas decisões polémicas como a sua disputa com o Papa Bonifácio VIII e a sua decisão de dissolver a Ordem do Templo. O seu filho Luís sucedeu-lhe como rei, mas ninguém acredita que ele conseguirá ser um bom reinante. 

Na corte existe uma luta entre o conde Carlos de Valois e o ministro Enguerrand de Marigny pelo controlo efectivo da França. A sua luta é um dos principais pontos de interesse do livro.

Luis X é um homem muito inseguro e com poucas capacidades para assumir o trono. Um dos seus principais objectivos é anular o casamento por causa da infidelidade da sua mulher, Margarida de Borgonha, que se encontra encarcerada. 


O autor retrata os acontecimentos da época de forma fiel e consegue dar profundidade às personagens, apesar de ser um livro pequeno. Esta saga de romance histórico é uma das melhores que já li. 

Avaliação: 8-10

14 de dezembro de 2012

Opinião - Cloud Atlas


Um viajante forçado a atravessar o Oceano Pacífico em 1850; um jovem compositor deserdado, entre a Primeira e a Segunda Guerra Mundial; uma jornalista com princípios morais na Califórnia do Governador Reagan; um editor menor fugindo aos seus credores mafiosos; o testamento de uma "criada de restaurante" geneticamente modificada, ditado na ala da morte; e Zachry, jovem ilhéu do Pacífico que assiste ao crepúsculo da ciência e da civilização.
Seis vidas entrecruzadas - uma aventura extraordinária. Numa narrativa que dá a volta ao mundo e se estende desde o século XIX até a um futuro pós-apocalíptico, David Mitchell derruba as fronteiras do tempo, dos géneros literários e da linguagem para nos proporcionar uma visão arrebatadora da perigosa ânsia da humanidade pelo poder e até onde ela nos pode levar.  

Opinião: 

"Cloud Atlas" é um livro que retrata a vida de seis personagens diferentes, desde um viajante no Oceano Pacífico em 1850 até a um jovem que mora num futuro pós-apocalíptico.

As seis personagens são:
- Adam Ewing, é um jovem notário de São Francisco, obrigado a atravessar o Oceano Pacífico a trabalho. 
- Robert Frobisher é um compositor deserdado que vai para a Bélgica, entre as duas Guerras Mundiais.
- Luisa Rey uma escritora que descobre uma perigosa conspiração que pode por em risco milhares de pessoas.
- Timothy Cavendish é um editor de livros que se vê envolvido com perigosos criminosos.

- Sonmi - 451 é uma criada de restaurante clonada que vive em Nova Seoul.
- Zachry um homem que conta a história da sua juventude numa ilha havaiana depois da Queda. 

A história de cada personagem é-nos apresentada de forma diferente (por carta, em forma de diário etc.) O que nos transmite a sua própria individualidade, apesar disso, todas as histórias são interligadas e é muito interessante tentarmos perceber essas ligações.

Este é um livro que nos fala sobre uma das mais antigas ambições do Homem: o Poder. O poder de controlar o mundo e aqueles que considera inferiores a si mesmo. Fala-nos ainda sobre a reencarnação e como todos os eventos estão interligados.

Avaliação: 8-10

7 de dezembro de 2012

Opinião - Requiem



Corre o ano de 1295. O império cristão na Terra Santa está em ruínas.
De regresso a Paris, o cavaleiro templário Will Campbell está numa encruzilhada. Jurou ser fiel aos princípios da Anima Templi, uma irmandade secreta dentro da Ordem dos Templários, cujo objectivo é a paz – mas a paz parece cada vez mais impossível de alcançar.
A Ordem forjou uma aliança com o inimigo de Will, o rei Eduardo da Inglaterra, comprometendo-se a financiar a guerra com a Escócia. Este pacto contra a sua terra natal abala profundamente a fé e a submissão de Will, levando-o até a descurar a sua relação com a filha, Rose, que acaba por se envolver numa relação perigosa.
Will enfrenta agora uma escolha amarga: ficar com o Templo e lutar noutra guerra em que não acredita ou quebrar os votos e empreender a sua própria campanha pela paz, mesmo que isso signifique também lutar – pelos Escoceses.
Apanhado no meio de um conflito sangrento, Will nem se apercebe da terrível ameaça que se prepara – no trono de França reina um monarca guerreiro cujo desejo de poder não conhece limites e que não se deterá perante nada para alcançar a sua desmesurada ambição.

Opinião:


"Requiem" é o volume final da trilogia "A Irmandade" que relata os momentos finais da Ordem do Templo, vulgo Templários.

Will vê-se confrontado com um terrível dilema: manter os votos com o Templo, e lutar numa guerra que não acredita contra a Escócia,  ou quebrar os votos e tentar manter a paz


Rose é a filha de Will fruto do seu amor proibido com a Elwen. Ela é agora aia da Rainha de França e depois da morte da rainha vai se envolver numa perigosa relação com um homem que não olha a meios para atingir os seus objectivos. 


O enredo desta história é passado entre a Escócia, e a guerra de libertação do jugo inglês, e a França com o julgamento da Ordem do Templo, que começou por iniciativa do rei francês. Em termos histórico o enredo do livro não é totalmente fiel aos acontecimentos reais.


Esta trilogia tem todos os ingredientes de um bom romance histórico com as descrições dos costumes e das pessoas da época,  as intrigas, a luta pelo poder, homens ambiciosos que fazem de tudo para aumentar o seu poder, batalhas épicas e algum romance. Por isto tudo é sem duvida uma trilogia a ler.


Avaliação: 8-10

30 de novembro de 2012

Opinião - A Cruzada


Depois de no livro A Irmandade, Will Campbell ter atingido a maioridade entre conspiração, paixão e intriga, e após anos de derramamento de sangue, a Irmandade ajudou a estabelecer uma trégua entre Cristãos e Muçulmanos. Mas, Will teme agora que tenham sido traídos. 

O rei Edward de Inglaterra prometeu ao papa que lideraria uma nova Cruzada, enquanto no próprio Acre um conluio implacável de mercadores ocidentais, que especula em escravos e armamento, conspira para reacender as hostilidades na Terra Santa. 

Entretanto, no Egipto, o sultão Baibars é apanhado numa luta de poderes. À medida que a guerra toma forma, Will fica dividido entre o seu juramento como templário, o seu papel secreto na Irmandade e o seu dever para com Elwen, a amada com quem está proibido de casar. Will fica aprisionado no seio de uma devastadora teia de desilusão e destruição quando ele e os que o rodeiam se precipitam num dos mais dramáticos momentos da história.

Opinião:

"A Cruzada" é o segundo volume da trilogia "A Irmandade"  da escritora britânica Robyn Young, que retrata o final das cruzadas.

Will Campbell é agora comandante da Ordem dos Templários e torna-se no braço direito do novo Grão-Mestre da ordem. Ele descobre uma conspiração que pode colocar em risco a trégua existente entre os cristãos e os muçulmanos.  Will tem cada vez mais dificuldade em conciliar a sua vida entre o seu amor proibido, Elwen  e o serviço  à Ordem.

Baibars, o sultão do Egipto e da Síria, é um homem que perdeu o fogo que marcava a sua guerra contra os cristãos, mas muitos dos seus generais estão descontentes com a tréguas  impostas e querem expulsar os cristãos da Terra Santa.  Ele terá de lidar com várias intrigas e revoltas.

Garin de Lyons é um antigo templário e amigo do Will, mas que foi expulso da Ordem e entrou sobre o poder do Rei Eduardo de Inglaterra. Ele ao serviço do rei faz tudo o tipo de trabalhos sujos, chantagens, assassinatos.



Este livro descreve os anos finais da ocupação cristã na Terra Santa e a queda da cidade de Acre, que era a sede da Ordem dos Templários e a principal cidade cristã. A queda de Acre simboliza o final da ocupação cristã na Terra Santa e o final da época das Cruzadas, e marca também o início da queda do poder da Ordem dos Templários.

Esta trilogia de romance histórico está a tornar-se numa das minhas favoritas, espero que o volume final esteja a altura das minha expectativas. 

Avaliação: 9-10


24 de novembro de 2012

Opinião - A Irmandade


Das escaldantes planícies da Síria às tenebrosas ruelas de Paris e Londres, A Irmandade é a história de Will Campbell, que atingiu a maioridade entre conspiração, paixão, intrigas políticas e guerra. 

Criado no seio da poderosa Ordem dos Templários, Will enfrenta um longo e sofrido período de aprendizagem às ordens do temperamental padre Everard, antes de conseguir tornar-se cavaleiro. Enquanto luta para sobreviver à rígida disciplina do Templo, Will tem de tentar perceber várias incógnitas: o seu próprio passado, o perigoso mistério que rodeia Everard e os sentimentos confusos que lhe desperta Elwen, a decidida jovem cujo caminho parece estar sempre a cruzar-se com o seu. 

Entretanto uma nova estrela se levanta no Oriente. O antigo escravo Baibars, um guerreiro impiedoso e um brilhante estratega, tornou-se um dos maiores generais e governantes do seu tempo. Perseguido pela sua vida passada, Baibars é conduzido por um desejo inabalável de libertar o seu povo dos invasores europeus. 

As duas histórias vão cruzar-se durante o extraordinário choque de civilizações a que no Ocidente se deu o nome de Cruzadas. O cavaleiro cristão enfrentará o guerreiro muçulmano numa luta que reflecte a ganância, a ambição e o fanatismo religioso que os move mas também a coragem, o amor e a fé.

Opinião:

A Irmandade é o primeiro volume de uma trilogia escrita pela Robyn Young acerca das cruzadas e da Ordem dos Templários.

William Campbell é um jovem escocês que serve como sargento templário em New Temple, Londres,  ele sonha em seguir os passos do seu pai e tornar-se num guerreiro templário, mas para isso tem de enfrentar uma longa aprendizagem. 

Everand é um padre temperamental que assume as responsabilidades de aprendizagem do Will. Ele oculta um mistério que se for revelado poderá ter consequências perigosas para a Ordem.

Baibars é um antigo escravo que conseguiu tornar-se general das forças mamelucas devido a sua coragem e capacidade de liderança. Ele é um líder implacável que fez da expulsão dos cristãos da Palestina o seu objectivo de vida.

A Ordem dos Templários foi uma organização construída para proteger os peregrinos na Terra Santa, mas com o tempo tornou-se numa ordem militar que só respondia perante o Papa. O seu poder cresceu tanto que os seus Grãos-Mestres tinham mais poder do que reis.

O enredo deste livro é divido entre Londres, Paris e a Palestina. A autora tenta mostrar a perspectiva de ambos os lados sobre as cruzadas. Sendo os meus capítulos preferidos os que têm o POV do Baibars. A autora consegue misturar guerra, intriga, fanatismo religioso e uma história de amor e construir um enredo impressível que reserva várias surpresas.

Avaliação: 8-10

19 de novembro de 2012

Opinião - Rebelde



No verão de 1861 os exércitos do Norte e do Sul estão à beira de iniciar a Guerra Civil Americana, precipitando também a epopeia de um rapaz do Norte, chamado Nathaniel Starbuck, e de como acabou por lutar a favor dos sulistas.
Rejeitado pela rapariga que ama e incompreendido pela sua família, Starbuck chega a Richmond, Virgínia, capital da Confederação Sulista. É salvo por Washington Faulconer, um milionário excêntrico que está a criar o seu próprio regime de elite para lutar contra os Yankees. Starbuck alista-se na Legião Faulconer, mesmo sabendo que isso poderá implicar lutar contra o seu próprio povo.
Mas não é apenas Starbuck que enfrenta semelhantes dilemas e cedo toda a América terá de se render ao caos e à dramática violência que fratura o país em dois.


Opinião:

"Rebelde" é o primeiro volume da saga "As Crónicas De Nathaniel Starbuck", que retrata a Guerra Civil Americana que ocorreu entre 1861 e 1865. 

Nathaniel Starbuck é filho de um reverendo calvinista e estudante de Teologia em Boston, mas vive insatisfeito com a sua vida. Mas tudo muda radicalmente quando conhece uma mulher, que o faz esquecer a sua rigorosa educação religiosa e que o leva até Richmond.

Washington Faulconer é um rico latifundiário virginiano, que decide criar um regime militar para combater contra a União. Ele acolhe Nathaniel Starbuck, que é um grande amigo do seu filho, na sua Legião Faulconer.

Este livro serve principalmente para o leitor conhecer as personagens, a sociedade da época e os motivos que levaram a esta guerra fratricida. 



Os capítulos finais retratam a primeira batalha de Manassas, ou Bull Run, que foi a primeira grande batalha da Guerra.

Eu achei este livro algo parado e com pouca acção mas como é o primeiro de uma saga é compreensível  Espero que os outros três livros tenham mais acção e que me consiga conquistar. 

Avaliação: 7-10

15 de novembro de 2012

Opinião - Os Dragões do Assassino




Para os fãs de George R. R. Martin e “O Mago”
Os Dragões do Assassino termina uma das séries de fantasia mais épicas de sempre. Por uma vez, todos parecem estar unidos num único objetivo: chegar ao dragão Fogojelo, sepultado sob o glaciar de Aslevjal. Uns pretendem libertá-lo, outros querem matá-lo. O que será que vai acontecer? No meio está o Príncipe Respeitador, preso pela vontade de paz a um casamento que depende da morte do dragão, mas ligado pela Manha a quem quer devolver ao mundo aquela grande vida. O dragão de Vilamonte, poderá ter uma palavra a dizer? E o Bobo, que profetizara que morreria naquela ilha; morrerá? No centro do turbilhão, como sempre, encontra-se Fitz, sempre o fulcro, sempre o Catalisador, sempre o agente da mudança. Que surpresas, que reviravoltas no fluxo do tempo poderá ele ainda causar?

Opinião:


"Os Dragões do Assassino" é o livro que encerra a saga "O Regresso do Assassino" da autoria da Robin Hobb. 


Fitz e os seus companheiros estão na ilha de Aslevjal, mas o grupo está divido entre libertar o dragão e entre o matar. O próprio não sabe se deve ajudar Respeitador cumprir a sua promessa, meter a cabeça do dragão em cima da lareira da casa da Eliana, ou se segue o seu coração e liberta o dragão.


Neste livro notei finalmente um amadurecimento do Fitz, o que o leva a tomar menos decisões disparatadas e a finalmente decidir enfrentar o seu passado. A sua relação de amizade com o Bobo é posta a prova e leva-o a fazer coisas que o Bobo não conseguiu prever. 


Bobo em todas as suas previsões do futuro vê que morre na ilha, mas mesmo assim consegue ter a coragem de enfrentar o seu futuro. Será que ele morre mesmo na ilha? Não podemos esquecer que na ilha está o seu Catalisador, que por várias vezes já mudou o futuro.


Uma personagem que gostei muito foi a Urtiga, filha bastarda do Fitz, que tem um poder sobre o Talento bastante invulgar, controlo sobre os sonhos, e tem uma frontalidade que a traz alguns problemas. A sua relação com o Obtuso é enternecedora.


Neste livro há uma cena de luta muito bem conseguida, em que uma personagem se supera a si mesma na defesa pelo seu filho. 


Como sempre a Manha e o Talento tem um papel fulcral na história. Fitz cada vez mais começa a perceber o poder que a Manha pode ter e a sua melhor compreensão sobre a mesma leva-o a feitos quase impossíveis.


Para mim este foi o melhor livro que já li da Robin Hobb. Um final épico para uma das melhores sagas que li.


 Avaliação: 10-10

12 de novembro de 2012

Opinião - O Corsário do Rei



Tudo o que um fã de fantasia poderia esperar. Este é um livro a ler mesmo para quem não leu a saga anterior. 

Há muito recomposto da guerra da brecha, a terra e o povo do reino das ilhas floresce. Nicholas, o filho mais novo do Príncipe Arutha, é um jovem inteligente e dotado, mas foi sempre protegido pela vida na corte, em Krondor. Para que aprenda mais sobre o mundo para lá das paredes do palácio, Arutha decide enviar Nicholas e o seu irreverente escudeiro, Harry, até à rústica Crydee, onde Arutha cresceu. É tempo de mostrar uma vida sem privilégios. 


Mas poucas semanas após a chegada deles, Crydee é brutalmente atacada. O castelo fica reduzido a ruínas, os cidadãos são chacinados e duas jovens nobres – amigas de Nicholas – são raptadas. 


Ao aventurar-se para longe das paisagens familiares da sua pátria em perseguição dos invasores, Nicholas compreende que está em jogo algo mais do que o destino das suas amigas, e mais até do que o destino do Reino das Ilhas, pois por detrás dos piratas assassinos esconde-se uma força bem mais poderosa que põe em perigo todo o mundo de Midkemia. E apenas ele poderá vencer essa terrível ameaça… ou perder o reino por inteiro.


Opinião:


"O Corsário do Rei" é o segundo volume da saga "Filhos de Krondor", mas é um livro que se pode ser lido como um stand alone. 


A personagem principal do livro é o jovem Príncipe Nicholas, o filho mais novo do Arutha. Nicholas é um jovem inteligente e bom espadachim, mas foi muito protegido na corte do seu pai devido à deformação que tem no pé esquerdo. Por isso, Arutha decide-o enviar para Crydee para ele habituar-se a uma vida sem a sua protecção. 


Grande parte da história relatada neste livro passa-se em alto, com a perseguição do Nicholas a um grupo de misteriosos piratas, que raptaram diversas pessoas do Reino, que o obriga a viajar por mares desconhecidos até a um continente chamado de Novindus. 




Em Novindus, Nicholas e os seus companheiros têm de enfrentar diversos perigos incluindo um perigoso deserto e são envolvidos em manipulações politicas de um povo que não conhecem. Lá eles têm de enfrentar antigos inimigos da família coDoin, que querem causar a destruição do Reino.

Como em todos os livros do autor, este livro é recheado de acção, com um enredo bem construído e com muitos elementos mágicos. Gostei muito do Nick, que é um jovem corajoso e que me fez lembrar o seu pai, Arutha, que é a minha personagem preferida deste mundo.

Este é sem duvida um livro que me cativou. e espero que a Saída de Emergência continue a sua aposta neste  fantástico escritor. 

Avaliação: 9-10

7 de novembro de 2012

Aquisições



Tudo o que um fã de fantasia poderia esperar. Este é um livro a ler mesmo para quem não leu a saga anterior. 

Há muito recomposto da guerra da brecha, a terra e o povo do reino das ilhas floresce. Nicholas, o filho mais novo do Príncipe Arutha, é um jovem inteligente e dotado, mas foi sempre protegido pela vida na corte, em Krondor. Para que aprenda mais sobre o mundo para lá das paredes do palácio, Arutha decide enviar Nicholas e o seu irreverente escudeiro, Harry, até à rústica Crydee, onde Arutha cresceu. É tempo de mostrar uma vida sem privilégios. 

Mas poucas semanas após a chegada deles, Crydee é brutalmente atacada. O castelo fica reduzido a ruínas, os cidadãos são chacinados e duas jovens nobres – amigas de Nicholas – são raptadas. 

Ao aventurar-se para longe das paisagens familiares da sua pátria em perseguição dos invasores, Nicholas compreende que está em jogo algo mais do que o destino das suas amigas, e mais até do que o destino do Reino das Ilhas, pois por detrás dos piratas assassinos esconde-se uma força bem mais poderosa que põe em perigo todo o mundo de Midkemia. E apenas ele poderá vencer essa terrível ameaça… ou perder o reino por inteiro.


Para os fãs de George R. R. Martin e “O Mago”
Os Dragões do Assassino termina uma das séries de fantasia mais épicas de sempre. Por uma vez, todos parecem estar unidos num único objetivo: chegar ao dragão Fogojelo, sepultado sob o glaciar de Aslevjal. Uns pretendem libertá-lo, outros querem matá-lo. O que será que vai acontecer? No meio está o Príncipe Respeitador, preso pela vontade de paz a um casamento que depende da morte do dragão, mas ligado pela Manha a quem quer devolver ao mundo aquela grande vida. O dragão de Vilamonte, poderá ter uma palavra a dizer? E o Bobo, que profetizara que morreria naquela ilha; morrerá? No centro do turbilhão, como sempre, encontra-se Fitz, sempre o fulcro, sempre o Catalisador, sempre o agente da mudança. Que surpresas, que reviravoltas no fluxo do tempo poderá ele ainda causar?

22 de outubro de 2012

Opinião - A Última Muralha



A Última Muralha é uma obra magistral, uma apaixonante história sobre a construção da Península Ibérica e que fala de uma época em que religião e vida se misturavam em cenários de batalhas sangrentas, onde se cruzam personagens inesquecíveis. Unidos pelo ódio ao Emir, aliam-se todos os credos e religiões para derrubar o poder, mas este irá enviar um dos maiores exércitos jamais vistos na Península que com as suas armas e ódios vão submeter a cidade a ferro, fogo.

Opinião:

A Última Muralha é um romance histórico do escritor espanhol Jesús Sánchez Adalid sobre o período do domínio Muçulmano na Península Ibérica. Este livro foi considerado como o melhor romance histórico de 2012 pelo Prémio Afonso X, O Sábio. 

Mérida é uma cidade que vive sobrecarregada com os impostos exigidos pelo Emir de Córdova. Os lideres das diferentes religiões existentes em Mérida unem-se para exigir ao Emir uma baixa nos impostos, e decidem enviar uma representação à Córdova para uma conferencia com o Emir.

O autor conseguiu criar várias personagens convincentes como a Judit, uma jovem judia conhecida como Formosíssima, o Duc Agildo e o seu filho Claúdio, o cádi muladi Sulayman e principalmente o Muhamad Aben Marwan, um jovem nobre árabe que leva uma vida de despreocupada.

Eu gostei muito do retrato da sociedade multi-cultural existente na Península Ibérica na altura e do retrato da difícil convivência entre si, o que levou a inúmeras agitações sociais e injustiças.

A capa do livro está muito apelativa, e devo dizer que foi ela que me despertou a atenção para o livro. 

O enredo do livro está muito bem construído, com várias personagens cativantes. O livro tem ainda boas cenas de luta e um romance atribulado.  

Esta foi uma leitura que gostei muito e vou seguir com bastante atenção este autor. 

Avaliação: 8-10

17 de outubro de 2012

Opinião - Num Vento Diferente



Ursula K. Le Guin iniciou o ciclo de Terramar em 1968, com o título O Feiticeiro e a Sombra, a que se seguiram Os Túmulos de Atuan (1971) e A Praia Mais Longínqua (1972). Entretanto, em 1990 surgiu Teanu, o Nome da Estrela. Todos eles se encontram traduzidos em português, pela Presença, na colecção «Estrela do Mar». No início deste século Le Guin revisitou Terramar e sentiu que algo tinha continuado a acontecer. Assim, escreveu Tales From Earth and Sea e Num Vento Diferente que agora se publica. Neste belo romance fantástico, há uma ruptura e um desequilíbrio devidos ao uso perverso da magia, pelos humanos, que têm de ser sanados para que seja restituída a unidade da Antiga Fala, a Língua da Criação.

Opinião:

Com o livro "Num Vento Diferente" retomei a minha "viagem" por Terramar. O enredo deste livro passa-se algumas décadas depois do final do livro "Tehanu - O Nome da Estrela".

Em Terramar há um grave desequilíbrio causado pelo uso perverso de magia por parte de alguns humanos que procuram a imortalidade.  

Amieiro, um simples mago com o poder de consertar coisas, é levado em sonhos para a terra da sombra onde contacta com a sua falecida esposa. A partir dessa noite que em todos os seus sonhos os mortos o tentam contactar. Para tentar afastar os mortos ele vai a procura dos feiticeiros de Roke.

O tema central desta obra é a morte e a sua difícil aceitação, que levou a que poderosos feiticeiros tentassem arranjar uma forma para que se tornarem imortais, o que causou o desequilíbrio do mundo.

Este livro provou-me mais uma vez o enorme talento da autora, que deve uma presença obrigatória em todos os amantes da literatura fantástica. 

Avaliação: 8-10 

14 de outubro de 2012

Opinião - O Inverno do Mundo



Este volume vem dar continuação à extraordinária trilogia de Ken Follet, O Século, depois do êxito internacional alcançado pelo volume inaugural, A Queda dos Gigantes. A história recente do conturbado século XX continua a desenrolar-se como se diante dos nossos olhos, as figuras históricas e os acontecimentos reais evoluindo e decorrendo em simultâneo com as vidas da segunda geração das cinco famílias que já protagonizaram o primeiro volume, misturando-se num grandioso e colorido fresco em amplas pinceladas que, graças a uma rigorosa fundamentação e a um talento narrativo raro, se encaixam numa totalidade cheia de vida realismo. O Inverno do Mundo decorre entre a ascensão do nazismo e as suas dramáticas consequências até ao início da Guerra Fria.

Opinião:

O Inverno do Mundo é o segundo livro da Trilogia O Século, escrita pelo galês Ken Follett. Este livro decorre numa das épocas mais conturbadas do século passado, e retrata a Grande Depressão, a Guerra Civil Espanhola, a ascensão de Hitler ao poder, a Segunda Guerra Mundial e o início da Guerra Fria.

A Alemanha está a braços com uma gravíssima depressão económica  o que leva a um crescimento do partido nazi com as suas politicas ultra-nacionalistas e promessas da extinção do desemprego. Hitler através de vários estratagemas e manipulações consegue ser eleito como Chanceler e assumir o controlo absoluto sobre o país.

A Espanha encontra-se numa guerra civil entre os republicanos e os fascistas liderados pelo General Franco. Os republicanos contam com a ajuda das Brigadas Internacionais na sua defesa por um estado de direito, Lloyd Williams voluntária-se para as brigadas pelas suas fortes convicções anti-fascistas. 

Com Hitler no poder o exército alemão começa a fazer uma campanha agressiva para conquistar mais terreno e com isso provoca a Segunda Guerra Mundial. 

Este livro não tem muitas batalhas retratadas, já que o autor prefere dar revelo ao enorme sofrimento humano que houve, desde as costas francesas às frias terras russas e passando pelo tropical Hawaii. 

Ken Follett antes de escrever romances históricos era um reconhecido autor de policiais e thrillers, veia que explora bastante neste livro com a espionagem a ser uns do principais assuntos retratados. A politica é também bastante importante neste livro com a luta entre a democracia, o comunismo e o fascismo sempre presente.

Para mim esta é sem dúvida uma trilogia que todos os amantes da literatura deviam de ler. Não tenham medo do tamanho dos livros, porque todas as páginas merecem ser lidas. Esta é sem duvida uma das melhores trilogias que já li, e estou ansioso por ler o volume final desta trilogia. 

Avaliação: 10-10